Se aproxima o carnaval e todos aguardam com expectativa ver as escolas
de samba se apresentarem. Entretanto, alguns alegam que “a velha baiana
corre o risco de desaparecer”, pois está se convertendo ao Evangelho.
Em uma recente coluna no jornal O Globo, Luiz Antônio Simas reclamou da
conversão das baianas às igrejas evangélicas, porque estas demonizam o
samba, o carnaval e suas práticas.
“São inúmeros os casos de passistas, ritmistas e, sobretudo, baianas,
que abandonaram os desfiles atendendo a determinações de pastores”,
afirmou ele.
Segundo ele, por causa do desfalque, diversas escolas entram na avenida
perdendo pontos, pois o regulamento exige um número mínimo de baianas
para o cortejo.
O autor então pergunta se “é pecado sambar?”
Luiz Simas, que é professor de história, vê o problema como sendo uma
guerra entre as igrejas, que buscam por fieis, e as escolas de samba,
que tem raízes “fincadas nas religiosidades afro-ameríndias”. E chama os
evangélicos de “cristãos fundamentalistas”.
“É um capítulo da guerra santa travada por fundamentalistas cristãos
contra as práticas culturais e religiosas dos descendentes de africanos
no Brasil.”
O pastor Renato Vargens, em uma coluna de seu blog, explica sobre o carnaval e seu significado e relação com o crente.
Segundo ele, os cristãos não devem ignorar a história, significado e mensagem do carnaval.
“Ao estudarmos a origem do Carnaval, vemos que ele foi uma festa
instituída para que as pessoas pudessem se regalar com comidas e orgias
antes que chegasse o momento de consagração e jejum que precede a
Páscoa, a Quaresma”.
Ele aponta, entretanto, uma definição feita Enciclopédia Grolier. “Uma
festa pagã que os católicos tentaram mascarar para parecer com uma festa
cristã. Os romanos adoravam comemorar com orgias, bebedices e
glutonaria.”
No Brasil, Renato Vargens define o carnaval como “conotação da
transgressão.” “Disfarçado de alegria, a festa de Momo promove
promiscuidade sexual, prostituição infantil, violência urbana, consumo
de drogas, além de contribuir para a descontrução de valores primordiais
ao bem estar da família.”
Ele aconselha que, realmente, os cristãos não participem da festa. "Isto
posto tenho plena convicção de que não vale a pena enredar-se as
oferendas do Carnaval. Como crentes em Jesus, devemos nos afastar de
toda aparência do mal.”
The Christan Post