A maioria das pessoas tem uma ideia sobre estado de Israel; boa, ruim ou indiferente. A maioria conhece o básico. Todos devem concordar que 99% do que escutamos sobre o estado judeu é negativo, seja notícias de guerra, diálogos de paz malsucedidos ou potenciais boicotes de grupos hostis.
Não, isso não é o tipo de coisa que você escuta na mídia de massa. É por isso que o incrível novo livro de Marcela Rosen, “Tiny Dynamo: How One of the Smallest Countries Is Producing Some of Our Most Important Inventions,”[Pequeno Dínamo: Como Um dos Menores Países Está Produzindo Algumas das Invenções Mais Importantes do Mundo] é tão relevante.
Esse pequeno volume está repleto de histórias sobre a inovação israelense que melhoram a qualidade de vida global. Pense nisso: um país do tamanho do Sergipe fornece todo tipo de auxílios e conveniências modernas para os quatro cantos do mundo.
Testemunha:
Yossi Fisher, da empresa Solaris Energy, deu-se conta de que o principal obstáculo à energia solar era a quantidade de terra necessária para torná-la viável. Afinal, ambientalistas, fazendeiros e construtores têm ressalvas. Veio então a grande ideia de Fisher: mover os painéis solares para a superfície da água, e ao mesmo tempo aprimorar a tecnologia do painel para torna-lo mais eficiente.
O Dr. Doy Rubin, diretor presidente da Itamar Medical (localizada na Cesareia), ajudou a desenvolver um novo método para lidar com a tão temida apneia do sono: “O WatchPAT, um aparelhinho muito elegante que representa uma mudança drástica na forma como a apneia do sono era tradicionalmente diagnosticada”.
O campo da cirurgia espinhal é obviamente cheio de perigos, pois os olhos e as mãos humanas não foram feitos para a precisão necessária às cirurgias espinhais ultra-delicadas. Entra o professor Moshe Shoham. Engenheiro mecânico e fundador da Mazor Robotics, Shoham desenvolveu o Assistente Cirurgião Robô SpineAssist.
Além de listar um grupo enorme de inventores, Rosen também torna a leitura divertida.
Note seu tom humorístico de escrever, descrevendo a inovação de Shoham: “Se você é como eu, quando pensa em uma equipe médica recorrendo a algo chamado Assistente Cirurgião Robô SpineAssist, você imagina algo como um Homem-Lata esterilizado capengando para fora de um armário com uma bandeja de bisturis e um esfregão”.
Engraçado, mas Rosen também escreve muito seriamente em se tratando de fazer conhecer as incríveis invenções produzidas pelos israelenses. Seu projeto UntoldNews.org (Histórias não Contadas) é um site surpreendente que apresenta um lado de Israel que poucos conhecem. É especialmente útil, também, para combater o vazio movimento “BDS” (boicote, desinvestimento e sanções), que tenta marginalizar o estado judeu por meio de um boicote econômico. O que parece perdido para os líderes e proponentes do BDS, entre outras coisas, é que a tecnologia que torna suas arengas nas redes sócias possíveis vem de…… Israel.
Então… A idiotice que promove a ideia de excluir justamente o país que fornece tratamentos que salvam vidas, grandes avanços na agricultura e engenhocas tecnológicas das quais a maioria de nós veio a depender é em si excluída à luz de “Tiny Dynamo”.
Como um aficionado por livros e comentador, sempre observo todo o conjunto de um livro; mais ou menos como um índio eficientemente usa toda a carcaça de um animal. Tudo bem, é uma má analogia, mas a questão é, não vejo nenhum ponto fraco em “Tiny Dynamo”. O design da capa é impressionante e memorável, é uma leitura rápida, a informação fica marcada no leitor, e o melhor de tudo, é claro, destrói os mal-entendidos sobre uma questão distorcida por boa parte da mídia, principalmente os detratores árabes de Israel.
Como escreve Rosen no prefácio: “Enquanto todo mundo se concentrou em décadas de conflitos militares do país, Israel discretamente se tornou a mais energética, ambiciosa e agressiva incubadora de empreendimentos e invenções que o planeta já viu”.
“Eu poderia lhe dar estatísticas: Israel é a origem de mais empresas iniciantes, invenções e patentes que toda a União Europeia junta; Israel atrai facilmente duas vezes mais capitais de risco per capita que o segundo receptor mais próximo (os EUA).