Notícias alarmantes sacudiram o mundo na tarde desta quinta-feira (17). Além da queda de um avião da Malaysia Airlines com 295 pessoas a bordo, supostamente derrubado por um míssil terra-ar.
O premiê israelense Benjamin Netanyahu anunciou há instantes que Israel fará uma operação militar por terra na Faixa de Gaza, visando eliminar “túneis utilizados para atividades terroristas”.
Segundo o político, a ofensiva vai incluir operações de infantaria, artilharia e inteligência, e terá apoio da Força Aérea e da Marinha. A decisão conta com a aprovação do gabinete de segurança de Israel devido à recusa do grupo islâmico Hamas em aceitar um acordo de cessar-fogo proposto pelo governo egípcio.
O conflito na região, que reconhecidamente teve início na década de 40, tem no momento uma das situações mais perigosas desde 2012.
Em resposta à ação de Israel, o porta-voz do Hamas destacou que a incursão por terra é “tola” e terá “consequências terríveis”. No momento, há tanques posicionados na fronteira efetuando disparos, além de bombardeios de grande intensidade pelo ar e pelo mar.
Internet reage
Por meio das redes sociais, em especial o Twitter, diversos usuários compartilham neste momento informações relacionadas ao conflito. A tag #GazaUnderAttack, por exemplo, tem sido amplamente explorada para divulgação de imagens do conflito. Há relatórios de explosões em vários pontos da cidade, além de ataques até mesmo a hospitais.
Incursão terrestre tem até agora 18 palestinos mortos e 1 soldado israelense
De Jerusalém e Gaza
18/07/201406h42
Pelo menos 18 palestinos e um soldado israelense morreram nas primeiras horas da incursão terrestre de Israel na Faixa de Gaza, iniciada nesta quinta-feira (17) à noite, informaram nesta sexta-feira (18) fontes oficiais.
Segundo um porta-voz militar, o soldado, de 20 anos, morreu durante a noite em um combate e outros dois ficaram feridos, um deles com gravidade, na cidade de Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza, em circunstâncias ainda não esclarecidas.
Tanque israelense se dirige para a faixa de Gaza. O Exército israelense retomou seus ataques aéreos depois de uma breve trégua de cinco horas e iniciou uma incursão por terra. O ataque ocorre por ordem do primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, e do Ministério da Defesa. Segundo um comunicado do gabinete do premiê, o objetivo da invasão é destruir túneis usados pelo Hamas para entrar no território israelense
A televisão israelense relatou que as Forças Armadas estão investigando se o soldado morreu por “fogo amigo” em uma troca de tiros com os milicianos palestinos.
Fontes médicas palestinas disseram à Agência Efe que pelo menos 18 civis, entre eles uma criança de dois anos, morreram por consequência das ações da artilharia e da aviação israelense nas primeiras horas da incursão terrestre.
A criança morreu, assim como outra pessoa, em bombardeios sobre a cidade de Rafah, no sul do território palestino e próxima da fronteira com o Egito, uma das mais castigadas.
Com essas mortes, vai a 261 o número de vítimas fatais palestinas nos ataques israelenses desde o início da última ofensiva contra Gaza.
Além disso, mais de 2.000 pessoas ficaram feridas, enquanto um cidadão israelense morreu por consequência do lançamento de mísseis das milícias palestinas.
As forças israelenses também afirmaram que abateram 14 milicianos palestinos durante os duros combates de ontem à noite e que um projétil antitanque foi lançado contra um dos blindados de Israel, o que causou danos, mas não deixou vítimas.
Durante essas primeiras horas de combate, as forças terrestres israelenses atacaram 103 posições islamitas, entre elas mais de 20 plataformas de lançamento de foguetes e cerca de nove túneis, segundo o Exército, que definiu as operações como “bem-sucedidas”.
As milícias palestinas, por sua vez, dispararam 45 foguetes contra Israel, 25 dos quais caíram no território do país, sem causar danos e vítimas, enquanto os outros 20 foram interceptados pelo sistema antiaéreo “Domo de Ferro”.